Hoje gostaria de contar um pouquinho da história de minhas esculturas e sua evolução ao longo dos anos. Desenho desde meus quatro anos de idade e sempre gostei de retratar a figura humana. Em 1972, cursei o bacharelado em Artes Plásticas no Belas Artes em Porto Alegre/RS durante 3 anos. Conclui minha jornada acadêmica em 1988, no curso de Educação Artística da UFRN, onde descobri, através de um curso de extensão de escultura em pedra, que queria me dedicar à escultura. Entretanto, percebi que gostaria de esculpir numa matéria prima macia e modelável como a argila. Minha primeira escultura em cerâmica foi a "Mocinha", que fiz em 1992. Nesta peça foi usada uma massa cerâmica bastante rudimentar que se chama "Terracota".
Em 1995 entrei em contato novamente com a cerâmica, através de um curso de extensão específico de cerâmica e comprei meu primeiro forno (que era elétrico). Neste ano, também fiz a minha primeira exposição individual, onde um dos destaques foi o "Índio". Esta peça foi construida com uma massa cerâmica chamada "Faiança" e pintada com um engobe (argila líquida) vermelho encontrado nas falésias de Barreira Rocha/RN.
A partir do ano 2000 o meu trabalho tomou um grande impulso pois construi o meu primeiro forno à gás e pude alcançar temperaturas de até 1300°. Pude então trabalhar com massas cerâmicas requintadas como o grés e a porcelana. Daí surgiram peças como o "Africano" que é um grés de 1250° e vitrificada com esmaltes crus, preparados por mim, para 1200°.
Para finalizar, dou uma pequena amostra de como está meu trabalho hoje. Esta peça foi feita em outubro de 2010 e ainda não tem nome, alguém poderia me dar alguma sugestão?
O mais bacana foi ver a evolução ao longo do tempo das imagens. Impressionante vê-las transcendendo espaço/tempo! Adorei.
ResponderExcluiroi, adorei as imagens. Teremos em maio um congresso de cultura africana, se vc se interessar podemos fazer uma exposição sua no local do evento. Parabens, adorei mesmo, muito expressiva.
ResponderExcluirlebaziizabel@yahoo.com.br
Legal demais ver essa "linha do tempo". Depois queria saber como é que um ceramista sabe a cor que a peça vai ficar depois que sair do forno.
ResponderExcluirAna vc é genial. Muito boa a trajetória retratada. Bj
ResponderExcluirOlá Ana, já tinha "bisbilhotado" seu blog várias vezes, o conheci por meio da sua filha querida de todos nós, Adriana. Gostaria de conhecer seu ateliê dia desses para ver mais peças,se for possível, envie o endereço e a disponibilidade para visitas para meu e.mail. trabalho com a Adriana. Ah, minha sugestão para a peça: O Senhor do Tempo Meu e.mail: martaagg@ig.com.br
ResponderExcluirMarta Gonçalves